domingo, 9 de junho de 2019

ESPAÇO DO ALUNO

POR QUE DECIDI ME TORNAR UM PROFESSOR UNIVERSITÁRIO? pt V

Pessoal, boa noite.

Inicialmente, gostaria de abrir este texto felicitando todos aqueles que seguem o perfil do blog no Instagram. 


Com a marca de 100 (cem) seguidores, poderei acompanhar melhor a receptação dos textos e tentar oferecer conteúdo de mais qualidade a todos os leitores.

Feito isso, vamos ao que importa, porque a noite de domingo promete.

Não irei tratar, comentar ou escrever uma única linha sobre o escândalo da noite, que envolve um furo jornalístico e que possui como objeto supostas conversas que teriam sido travadas entre o atual Ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o procurador da República que lidera a força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol. 

Pela gravidade dos fatos, e a forma como esse tema veio a público, eles deverão ser minuciosamente investigados pelas autoridades responsáveis, numa prova de seriedade e amadurecimento de nossas instituições. 

E, com esse gancho, inicio este texto.

Finalmente, poderei retomar minha história acadêmica, contando os porquês das escolhas que fiz ao longo dessa trajetória, dessa carreira.

Irei narrar a jornada em etapas, da graduação ao mestrado.

1. Graduação: Ciências Jurídicas e Sociais - PUCRS


O momento mais difícil, penoso de toda graduação em Direito, certamente, é a escolha do tema para o trabalho de conclusão de curso (TCC).

Existe muita coisa em jogo, porque se trata de uma etapa em que vários caminhos se cruzam, sendo um momento decisivo para a vida profissional do estudante.

Não importa a idade, experiência ou o que quer que seja: não é tão fácil quanto parecer escolher o tema da monografia. Porém, também não é tão difícil quanto alguns acreditam. Existem alguns macetes, dicas ou passos a serem seguidos que tornam menos trabalhosa essa tarefa e que pretendo abordar neste espaço.

Desde a graduação, eu quis que meu trabalho tivesse um pouco de pesquisa empírica, que não fosse puramente teórico, que lidasse com um problema real e prático do dia a dia. 

Sobre isso, já escrevi anteriormente, logo, mesmo sem uma prévia orientação, eu já tinha um norte minimamente traçado, sabendo onde estava e para onde queria ir.

Por isso, deixei para o último ano o TCC, já que ainda não tinha a ideia certa.

Depois de um evento acadêmico, o tema apareceu e fui correr atrás de um orientador para aquele assunto. Assunto deveras polêmico e de relevância prática, além de possuir sérias questões teóricas a serem abordadas. Perfeito.

O resto fica para a próxima semana.

2. Especialização I: Ciências Penais - PUCRS

Meses antes de concluir a graduação, eu já tinha a certeza de que queria ser professor e que para isso deveria ter um mestrado.


No entanto, decidi, igualmente, cursar uma especialização.

Ela seria o degrau de preparação para uma formação acadêmica mais profunda e madura.

Contudo, eu tinha pouco conhecimento da pós-graduação latu sensu em si, ademais, gostaria de ter um pouco de experiência prática, de advocacia, para depois escolher uma tema para a monografia final da especialização.

Não havia pressa. Só depois que tivesse o assunto em mente, iria me matricular e dar prosseguimento. Novamente, queria um assunto com viés prático.

As ideias apareciam a todo momento e, devido ao dia a dia do escritório, mudei o foco do meu interesse acadêmico. De amante do direito penal, resolvi assumir um relacionamento sério com o direito processual penal.

Justamente no final daquele ano de 2012, foi, enfim, julgada a Ação Penal nº 470, comumente chamada de "Mensalão". Pela primeira vez, um julgamento dessa tamanho e natureza foi exibido ao vivo e a cores, em rede nacional, através da TV Justiça.

Vi sustentações orais, de excelentes a outras nem tanto, os debates teóricos, pessoais e ideológicos entre os ministros do STF e a forma como um julgamento era realizado, de fato, pela Corte Suprema nacional. Tive um choque de realidade e ali eu decidi, um pouco, sobre que tipo de advogado eu seria. Como mesclar o acadêmico e o profissional.

A partir da AP 470, escolhi o tema da monografia da especialização.

Antes disso, eu havia pesquisado todos os cursos de pós latu sensu disponíveis na região, preços, tinha feito meu planejamento financeiro e, sopesando gastos e benefícios, enfim, matriculei-me em 2013.

3. Especialização II: Docência no Ensino Superior - PUCRS

Em 2013, mudei de escritório e comecei minha 1ª pós.

Em 2014, mudei novamente, para meu próprio negócio e, pode parecer loucura, mas mal tinha terminado a pós anterior e matriculei noutro curso. Contudo, agora, os motivos eram outros e eu estava decidido a jogar diferente este jogo.

Ainda na graduação, eu já tinha percebido que um título acadêmico (mestrado ou doutorado) não era o bastante para se formar um professor.


Eu tivera ótimos docentes com pouca titulação acadêmica, enquanto que outros, doutores, são professores dos quais não guardo boas lembranças docentes. Eles poderiam ser ótimos profissionais em suas áreas de atuação e acadêmicos de respeito, contudo, como professores, deixavam muito a desejar.

E tais frustrações e questionamentos serviram de reflexões sobre o tipo de professor que gostaria de ser no futuro.

Então, perguntei-me: como me tornar esse professor universitário?

Pesquisando cursos de especialização, encontrei específico à docência universitária.

Fiquei maravilhado com a proposta e vi ali uma luz de esperança. 

Depois de outra exaustiva pesquisa, decidi o curso e me matriculei.

Ao longo da pós, que era a distância, tive várias ideias, mas nenhuma se destacava. Voltei, então, as minhas reflexões de estudante para determinar sobre o quê escrever.

O desfecho desta pós ainda me enche de orgulho.

4. Mestrado


Enfim, o destino prometido, mas não o definitivo.

Minha trajetória na pós-graduação strictu sensu demanda um texto próprio, ante a quantidade de episódios que se sucederam, tendo todas servido para uma aprendizagem maior, tanto academicamente quanto profissional.

Algumas posturas e metodologia de ensino para com os meus futuros alunos tiveram suas sementes plantadas nesta experiência. Para isso serve o mestrado. Ou deveria servir.

Semana que vem continuamos.

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